quarta-feira, 23 de junho de 2010

Abraço no Morro do Osso (ACZS)

7:30h de la matina.
9 graus.

Sem nem imaginar que seria um domingo (20VI10) espetacular e com um plus 0800 de dois tombaços em um DOWN HILL no morro TAPERA, zona sul de POA, começo a me preparar para o passeio de bike ABRAÇANDO O MORRO DO OSSO & MORRO TAPERA organizado pela ACZS - Associação Ciclística Zona Sul.

Banana amassada c aveia e mel + granola (tutuchuntu), e um café c leite serviriam de combustível para uma pegada prá lá de forte.

Pegada forte mesmo foi tirar a LU da cama. Mas ao ver o café da manhã chegando, já acordou e levantou rapidinho.

Poucos “equipos”, pois seria um dia de muita subida. Apenas o q realmente utilizaríamos, como lanches, bebidas, peças extras de roupa para o frio e algumas ferramentas.

Saindo de casa encontramos o LAGARTIXA, presidente da ACZS, bem disposto e nos deslocamos juntos até o ponto de encontro na Wenceslau Escobar.

Eu e ele íamos conversando enquanto a LU vinha um pouco atrás se familiarizando com os novos trocadores "rapid" de sua bike, o que melhorou muito sua performance na trilha.

Chegamos e demoramos uns 40 minutos para sair, pois as pessoas não paravam de chegar. 50 bikers partiram rumo ao MORRO DO OSSO. No caminho mais e mais ciclistas iam se juntando à caravana.

Entrando pelo SÉTIMO CÉU, subimos pelo zig-zag de ruas até chegarmos ao grupo indígena localizado na entrada da parte rural do MORRO DO OSSO.

Alimentos não perecíveis, arrecadados entre os participantes, entregues ao cacique, cruzamos a "reserva" e chegamos à trilha que leva ao topo do morro.

Subida, subida e subida...marcha mais leve e paciência para chegar na parte mais alta, e ainda com chão molhado e escorregadio...haja atenção, sim.

E é assim q funciona para subir, concentração na pedalada como se fosse um passo depois do outro.

Muitos empurraram. Muitos descansaram, mas todos chegaram ao topo num espaço de 5 minutos entre o primeiro e o último. Legal.




Fizemos um círculo e foi informado do real motivo de estarmos ali: o possível loteamento do MORRO DO OSSO.






Nunca havia ouvido falar nisto. Para mim o morro é intocável, sem a mínima possibilidade de construir ali.

Moro a 3 quadras do morro e o vejo todos os dias. Tudo que puder fazer para melhorar e preservar farei.

Se depender das pessoas que estavam ali, este tipo de "PROGRESSO" jamais acontecerá.

Também não gosto dos índios ali, pensando q são donos daquela terra.

Após apreciar a vista e tirar todas as fotos possíveis, descemos pelo lado leste para passarmos pela VILA NOVA, rumo ao MORRO TAPERA.

Tudo que desce, em um momento sobe (ou será ao contrário??? - não no mountain bike).

Passando pela VILA NOVA começou a pedalada lomba acima. A dispersão foi menor, pois todos já estavam bem aquecidos, culminando com uma chegada rápida na parte baixa do TAPERA.

Saindo da estrada, passando pela cerca, adentramos ao parque do morro.




Bueno. aí começou a separação entre homens e meninos...hehe!!

A subida de 260mts de altura até o topo, foi feita por uma trilha de 1.500mts aproximadamente...EMPURRANDO AS BIKES.




Por mais de uma hora paleteamos as magrelas por trilhas de pedras, areia, capinzal e barro.

Trilha escorregadia e praticamante sem apoio e as vezes com mais de 45° !! punk!




Um ajuda daqui, outro ajuda dalí e conseguimos chegar ao cume em mais ou menos 1:30h. Sempre empurrando.

Apareceu um ventinho para baixar a temperatura no TAPERA, e por isso não demoramos muito na apreciação e fotografias para não perdermos o aquecimento corpóreo (corpóreo...chique, né?).




Pegamos a trilha plana horizontal na parte de cima do morro. pedaladas pressurizadas e aumento de velocidade, pois ninguém aguentava mais ficar ao lado da bike. Queriamos a montaria "falando" alto.











Aí que foi:

Velocidade em declive, surgiu a canaleta de mais ou menos um palmo de cava.

Tentei ficar na borda da canaleta, sobre a grama, mas esta estreitou e entrei na vala.

Negociei por uns metros mas a velocidade me obrigou a apertar o freio trazeiro.

Mas com o pneu "slick" no meio, que uso, fez apenas arrastar a roda. Ae sim, belisquei o freio da frente e, porrada como é, travou e me arremeçou por cima da bike.

Caí por cima de uns tufos de grama e não aconteceu nada comigo...nem com a bike. Nem susto levei, de tão rápido que foi.

Fiquei preso na bicileta e o POABIKER que vinha atrás me ajudou a desacoplar.

"Amuntei" na bicha e PAU DE NOVO hehe...lembrei do filme do SHWARZ, o PREDADOR em que um dos anabolizados diz: "não tenho tempo para sangrar".

Mó testosterona isso.

E foi isso que pensei: "não tenho tempo para cair". E vá pedal lomba abaixo.

A Lu nem viu, vinha mais atrás. Mas se visse iria puxar minha orelha.



Ficamos mais um pouco lá por cima e logo iniciamos a descida rumo a av. JUCA BATISTA, pelo lado sul do TAPERA.

Um pequeno grupo fica para trás para acompanhar uma troca de um pneu furado.







Feito isto, entramos na reta final da descida. Aceleração e trilha que virou estradinha. Avistada a JUCA, acelerei afu, passando por cima de um barral. Um lodo preto da largura da estradinha e com uns 6mts. Tentei colocar as rodas na marca de carro e afundei ao mesmo tempo em que freava.

Pronto, tá feita a cagada.

Fui ejetado novamente pela frente da bike e caí de lado no lodo-esgotístico. PUTZ. Deslizei sobre aquele muco ectoplásmico e parei no mesmo instante em que já levantava "não tenho tempo para sangrar" . Montei e ganhei velocidade para terminar os últimos 50mts antes do asfalto.

Tive sorte em cair em um colchão de esgoto. Ileso novamente, graças a merdança dos nativos.

Ao chegar ao ponto de encontro, em um posto na JUCA, todos ficaram assustados, pois eu estava totalmente embarrado, dos pés a cabeça no lado direito.







Missão cuprida.




A LU adorou. Um biatlo bem legal, e com trilhas ainda...tudo de bom.

Com seus trocadores novos e aprovados, o aproveitamento dela foi 99%.

E com os 100% de companheirismo dela...foi um dia 199%.



Mais aventuras LuX, sempre por aqui.



Abraços.

X.

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