quarta-feira, 23 de abril de 2014

5350 - III

Uma pequena pausa (espero) na descrição dos planos de nossa aventura, para render homenagens aos sherpas mortos e suas famílias, na maior tragédia da história esportiva do Everest. São 16 mortes confirmadas até agora, sendo que alguns estão desaparecidos, talvez 3. Isto irá afetar o futuro das escaladas tanto a curto (2014) como a longo prazo. Há uma comoção no local, um desespero com efeito dominó, que avança a cada dia. Os sherpas desceram a montanha para ficar com seus familiares e organizar os funerais e também reclamar das condições de trabalho na montanha junto ao governo Nepalês, que ofereceu uma esmola de U$ 400 pilas por família de morto. Ora, isso é um tapa na cara de gente humilde e trabalhadora e merece ser revisto, com apoio, até, das empresas milionárias ocidentais e seus clientes que pagam fortunas para adentrar ao parque onde se localiza o sítio da montanha. Os donos de empresas ocidentais estão tentando, com guias ocidentais, abrir uma nova passagem (ancoragens) pelo Khumbu, enquanto seus clientes treinam em ascensões próximas para manter o trabalho de aclimatação necessário para o cume alto. Isso sem saber se os sherpas voltarão para carregar o equipamento necessário par os campos 1,2,3 e 4. Ou seja, a vida continua e, salvo diferentes informações, americanos e europeus não estão preocupados com o ocorrido. Já mandamos mensagem para o Nava, nosso guia, mas ainda não obtivemos resposta sobre a saúde de seus funcionários nem sobre seus planos para julho. Não sei o que esperar, mas sinceramente, não gostaria de me juntar a tribo de turistas "gelados" que simplesmente passam por cima de tudo para carimbar um FEITOOOOO em sua carteirinha de STATUS!! Abraços LuX

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